Muito além das aparências...






Uma ex-stripper e ex-atendente de telessexo de apenas 29 anos, com um vestido decotado de oncinha que deixa à mostra suas curvas e tatuagens, sobe ao palco de um suntuoso teatro para receber o prêmio máximo do cinema mundial pelo roteiro original de seu primeiro filme.
Que parte mais te surpreendeu?
Confesso que senti grande admiração por Diablo Cody (esse é seu nome artístico) nem tanto pelo seu estilo, mas por sua ousadia. Para mim, ela rompeu barreiras e desfez estereótipos. Eu a considero uma vanguardista da nova figura feminina. Figura esta que se assume sem medo e sem culpa. Há um certo tempo atrás, ser ex-stripper era motivo de humilhação e vergonha para qualquer mulher. Mas, atualmente, mais precisamente depois de Diablo Cody ter ganhado o Oscar, ser ex-stripper pode ser entendido de maneira diferente.O fato foi bastante evidenciado, o que ajudou a chamar atenção para a sua figura e para o seu trabalho. Apesar da aparência exótica, do jeito debochado e do passado agitadinho, Diablo Cody é na verdade uma nerd.
Brook Busey (esse é seu nome original) se formou em Comunicação Social e já escrevia há tempos em blogs. Trabalhou primeiro como secretária e depois como publicitária. E foi na agência de publicidade que descobriu que aquele trabalho não era para ela. Então decidiu virar stripper e fazer umas horinhas como atendente de telessexo. De dia trabalhava como uma boa moça e à noite...soltava a fera. “Não foi por necessidade, mas por vontade própria”, diz ela. Brook não gostava da rotina do escritório, precisava de um pouquinho mais de emoção.
Quando se cansou dessa vida noturna, decidiu escrever um livro: Candy Girl: a year in the life of na unlikely stripper (Garota doce: um ano na vida de uma stripper improvável). E foi então que viu sua vida deslanchar. O livro fez sucesso, vendeu bastante e Diablo vislumbrou um grande futuro como escritora. Foi convidada a escrever um roteiro e, já em sua estréia no mundo do cinema, ganhou o Oscar. Parece que a galinha dos ovos de ouro foi mesmo o pedaço de sua vida que ela não fez questão de esconder.
Agora foi contratada pela Dreamworks para trabalhar ao lado de Steven Spielberg na produção de uma nova série chamada “The united States of Tara” e já tem mais três roteiros preparadíssimos para serem filmados no ano que vem.
Virei fã!

Comentários

ED CAVALCANTE disse…
NO BRASIL, AS ATRIZES QUE FIZERAM AS CHAMADAS "PORNOCHANCHADAS" FICARAM ESTIGMATIZADAS, FORAM PRATICAMENTE BANIDAS DA TV. JÁ OS ATORES, COMO NUNU LEAL MAIA, POR EXEMPLO, TIVERAM O PERDÃO DA MÍDIA.MACHISMO PURO!
LETÍCIA CASTRO disse…
Realmente, ela abriu um precedente sim.
Te espero lá no Babel, tá bom?
Beijão!
Letícia.

http://babelpontocom.blogspot.com/
Anônimo disse…
Também virei fã dela, amei Juno. simplesmente perfeito, doce e sincero na medida do possivel. E gostaria muito de ler a biografia dela.
Estou adorando seu blog de verdade.
bjss

www.aprendizdecinema.blogger.com.br
HBMS disse…
Poxa!
Nesse mundinho machista acabei de ler e continuo achando o máximo o que aconteceu com ela \o/
Até pq é difícil a pessoa fazer sucesso com livros quando não se tm referencia ou reconhecimento.
Muito legal !